Garantir a segurança de uma estrutura e de toda a equipe de desenvolvimento é uma tarefa assegurada pela Análise Preliminar de Risco (APR).
Todas as ocupações oferecem algum tipo de perigo à equipe, menor ou maior. De acordo com a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), só no Brasil em 2021 houve cerca de 571.800 acidentes de trabalho. No entanto, independente da gravidade, muitos podem ser evitados através de medidas estratégicas que, em trabalhos de risco, são de extrema importância.
Para garantir que o espaço seja mais adequado à rotina é essencial realizar o levantamento dos possíveis riscos na tentativa de mitigá-los. Essa análise prévia é justamente o que garantirá o bem-estar dos funcionários e a correta realização das atividades.
A documentação responsável por estabelecer cada um dos possíveis problemas detectados nesse estudo é a chamada Análise Preliminar de Risco (APR).
Análise Preliminar de Risco (APR)
A Análise Preliminar de Risco (APR) é um documento que faz o levantamento de cada um dos riscos envolvidos nas atividades realizadas em determinado local. Dessa forma, é possível assegurar a equipe envolvida e garantir a melhor realização das tarefas.
A APR é obrigatória para trabalhos com máquinas, construção civil, com inflamáveis, em espaços confinados, em altura e com combustíveis. No entanto, mesmo nos setores em que não existe obrigatoriedade, ela garante benefícios essenciais.
Por esse motivo, a APR é prevista em algumas normas reguladoras:
- NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
- NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
- NR 20: Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustível;
- NR 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
- NR 34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval;
- NR 35: Trabalho em Altura;
- NR 36: Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.
Como conta com dados de todos os riscos das atividades, a Análise Preliminar de Risco permite que sejam adotadas medidas para mitigar problemas e evitar que ocorram. A ideia é estabelecer ações controláveis que garantem a segurança e a integridade física, emocional e mental dos funcionários.
As APRs ainda favorecem a criação de guias e treinamentos que orientam os trabalhadores sobre a relevância de cada ação para a rotina. Dessa forma, eles podem ter mais cautela e seguir uma rotina de cuidados diários que levará a um menor tempo de execução de obras, melhora na produtividade e entrega de produtos de excelência.
Elas ainda determinam processos mais corretos para a execução das tarefas. Assim, cada ação é assertiva e realizada de forma a gerar menos risco aos profissionais.
Por esse motivo, o documento deve ser executado junto de toda a equipe. Cada um dos funcionários precisa contribuir com a análise indicando riscos na própria atividade e ajudando os profissionais de segurança do trabalho a manter um ambiente mais controlado.
Entenda a relação entre a Análise Preliminar de Risco e a Permissão de Trabalho
Muitos confundem a chamada Permissão de Trabalho (PT), ou Permissão para Trabalho (PPT), com a APR. No entanto, embora também trate de um documento de prevenção para a realização de uma atividade, ele foca mais na permissão para que ocorra.
Ela prevê o controle, autorização e regulamentação das operações independente de onde aconteça ou o que seja realizado. Para sua obtenção, diversos passos e documentações complementares são exigidos. A Análise Preliminar de Risco é um deles.
Dessa forma, podemos concluir que, para alcançar uma PT eficiente e regulamentada, é essencial organizar uma APR completa e capaz de gerar resultados.
Como organizar
O primeiro passo para a realização da Análise Preliminar de Risco é compreender quais são as atividades realizadas no local. A ideia é dividir cada atividade em pequenas tarefas para que o estudo seja determinante.
Essa pesquisa preliminar deve contar com todas as possíveis ameaças oferecidas por determinado local, seja ao meio ambiente, funcionários, patrimônio, serviços e à própria empresa.
Depois é essencial fazer a coleta diretamente com a equipe. Como dito anteriormente, todos os profissionais devem participar dessa fase e trazer a própria experiência para o plano. Dessa forma, estarão mais seguros e os responsáveis podem implementar medidas efetivas.
É importante especificar quem é o responsável por cada tarefa interna e todos os equipamentos. Assim, apenas profissionais capacitados terão controle sobre elas.
Com causas e vulnerabilidades identificadas, é o momento de planejar. Determine ações a serem adotadas e períodos de análise, sempre buscando mais eficiência e reforçando a proteção.
Todas as informações obtidas devem ser declaradas em um documento que será a APR propriamente dita. Organize quais são os riscos e como a equipe e a empresa podem preveni-los. Descreva cada atividade com clareza.
Na Análise Preliminar de Risco deve existir previsão para treinamentos tanto voltados para segurança quanto de capacitação da equipe. Também é válido incluir detalhes dos chamados EPIs, ou Equipamentos de Proteção Individual.
Com tudo isso pronto, realize reuniões de informe e leia com os funcionários cada uma das informações. A cópia do documento deve ficar disponível em local de fácil acesso para consultas sempre que houver necessidade.
A Análise Preliminar de Risco é uma etapa fundamental da construção de uma edificação e deve ser preparada pela empresa responsável por sua obra. Aqui na Sólida Engenharia & Construção, a APR é preparada para todos os processos, garantindo que nossa equipe esteja sempre em segurança e que a sua edificação seja entregue com a melhor qualidade.
Entre em contato e inicie seus próximos projetos!
Garanta mais segurança em obras: Erros em obras e como evitá-los